Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 21
Filtrar
Mais filtros







Base de dados
Intervalo de ano de publicação
1.
Arq. gastroenterol ; 60(4): 525-535, Oct.-Nov. 2023. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1527866

RESUMO

ABSTRACT This is a narrative review that aims to discuss the importance of elastographic methods in the evaluation of clinically significant portal hypertension (CSPH) in cirrhotic patients, where the authors propose an algorithm for evaluating these patients. In compensated advanced chronic liver disease, the goal is to prevent the development of CSPH and, in those already with CSPH, prevent the appearance of gastroesophageal varices (GEV) and other complications of portal hypertension. In compensated cirrhosis, the prevalence of GEV is 30-40%, of which 10-20% are at risk of bleeding. Therefore, using non-invasive methods would exempt the patient from the need of an endoscopy. Hepatic Elastography is a non-invasive, safe, reproducible method, available through many techniques: Vibration-Controlled Transient Elastography (VCTE), Shear Wave Elastography (SWE) and Magnetic Resonance Elastography (MRE). The Baveno VII presented the "rule of 5" for VCTE: liver stiffness measurement (LSM) ≤15 kPa and platelets >150.000/mm3 exclude CSPH, while an LSM ≥25 kPa is highly suggestive of CSPH. Also, the "rule of 4" for SWE has been proposed: patients with ≥17 kPa could be considered as having CSPH. At last, spleen stiffness measurement (SSM) has been proposed as a more specific technique to predict the presence of CSPH. In conclusion, elastography has gained prestige in the non-invasive evaluation of patients with advanced chronic liver disease by allowing prophylactic measures to be taken when suggesting the presence of CSPH.


RESUMO Trata-se de uma revisão narrativa que visa discutir a importância dos métodos elastográficos na avaliação da hipertensão portal clinicamente significativa (HPCS) em pacientes cirróticos, onde os autores propõem um algoritmo para avaliação desses pacientes. Na doença hepática crônica avançada compensada, o objetivo é prevenir o desenvolvimento de HPCS, e naqueles já com HPCS prevenir o aparecimento de varizes gastroesofágicas (VGE) e outras complicações da hipertensão portal. Na cirrose compensada, a prevalência de VGE é de 30-40% e 10-20% são varizes com risco de sangramento, portanto o uso de métodos não invasivos dispensaria o paciente de endoscopia. A elastografia hepática é um método não invasivo, seguro e reprodutível, disponível através de várias técnicas: elastografia transitória (VCTE), onda de cisalhamento (SWE) e elastografia por ressonância magnética. O Baveno VII apresentou a "regra dos 5" para VCTE: medida da rigidez hepática (LSM) ≤15 kPa e plaquetas >150.000/mm3 excluem HPCS enquanto um LSM ≥25 kPa é altamente sugestivo de HPCS. Além disso, foi proposta a "regra dos 4" para SWE: pacientes com ≥17 kPa podem ser considerados como portadores de HPCS. Por fim, a medição da rigidez do baço (SSM) foi proposta como uma técnica mais específica para prever a presença de HPCS. Em conclusão, a elastografia ganhou prestígio na avaliação não invasiva de pacientes com doença hepática crônica avançada, ao permitir a adoção de medidas profiláticas ao sugerir a presença de HPCS.

2.
Arq. gastroenterol ; 50(3): 219-225, July-Sept/2013. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-687251

RESUMO

Context Hepatitis B virus (HBV) can cause fulminant hepatitis, cirrhosis and hepatocellular carcinoma, and is one of the most common causes of acute and chronic liver failure. The genetic variants of HBV can be decisive for the evolution of these diseases as well as for the election of therapy. Objectives The aim of this study was to evaluate and standardize an in house methodology based on the analysis of the melting curve polymerase chain reaction (PCR) of real-time (qPCR) to screen for genotypes A, D and F of HBV in patients from a hospital in Rio Grande do Sul, Brazil. Methods We evaluated 104 patients presumably with HBV chronic infection. Viral DNA was extracted from plasma and viral genotypes and different mutations were determined using PCR-based protocols. Results A PCR-based methodology was standardized for the analysis of genotypes A, D and F of HBV. The technique was based in a nested PCR with the final step consisting of a multiplex real-time PCR, using the melting curve as a tool for the differentiation of fragments. A higher frequency of genotype D (44.4%), followed by genotype A (22.2%) and genotype F (3.7%) was observed. Conclusion The standardized assay, a nested PCR-multiplex qPCR using specific primers, provides a rapid and accurate method for the differentiation of HBV genotypes that are more frequent in Southern Brazil – A, D and F. This method can be applied in the clinical practice. .


Contexto O vírus da hepatite B pode causar hepatite fulminante, cirrose e carcinoma hepatocelular, sendo uma das causas mais frequentes de doença aguda e crônica do fígado. As variantes genéticas do VHB podem ser determinantes para a evolução da doenças assim como para a eleição da terapêutica. Objetivos O objetivo deste estudo foi padronizar e avaliar uma metodologia “in house”, através da utilização da curva de melting de reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real (qPCR), como rastreamento para análise dos genótipos A, D e F do vírus da hepatite B em pacientes do Rio Grande do Sul. Métodos Foram avaliados 104 pacientes supostamente com infecção crônica pelo VHB. O DNA foi extraído com kit comercial, os genótipos e as mutações foram determinados utilizando diferentes protolocos baseados em PCR. Resultados Foi padronizada uma metodologia baseada em PCR para a análise dos genótipos A, D e F do VHB. A técnica consistiu de uma PCR Nested incluindo uma etapa final de PCR em tempo real Multiplex, utilizando a curva de melting como ferramenta para a definição dos fragmentos. Foi observada uma maior frequência do genótipo D (44,4%), seguido do genótipo A (22,2%) e do genótipo F (3,7%) na amostra analisada. Conclusão O ensaio padronizado fornece um método rápido e preciso para diferenciar genótipos do VHB mais frequentes no sul do Brasil – A, D e F – usando um PCR Nested Multiplex com primers específicos, o qual apresenta potencial aplicação na prática clínica. .


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Vírus da Hepatite B/genética , Hepatite B Crônica/virologia , Brasil , DNA Viral/análise , Genótipo , Hospitais Gerais , Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real , Temperatura de Transição
3.
Arq. gastroenterol ; 49(4): 245-249, Oct.-Dec. 2012. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-660301

RESUMO

CONTEXT: In about 10% of patients with chronic liver disease, it is not possible to identify an etiologic factor. These cases are called cryptogenic cirrhosis. Currently, nonalcoholic steatohepatitis (NASH) is being considered as a possible etiologic factor for a significant segment of patients that presents with cryptogenic cirrhosis. OBJECTIVE: To estimate the prevalence of risk factors for NASH in patients with cryptogenic cirrhosis, in order to verify if there is a causal relationship between them. METHOD: Cross-sectional study, with evaluation of the demographic and laboratorial data of patients with cryptogenic cirrhosis. They were compared with data obtained from a group with NASH and a group with alcoholic and/or hepatitis C (HCV) cirrhosis. RESULTS: Forty seven patients with cryptogenic cirrhosis were evaluated, 47 with NASH and 196 with HCV and/or alcoholic cirrhosis. The mean age of patients with cryptogenic cirrhosis was 52 years, while in those with NASH it was 46.4 years (P = 0,041). The group with cryptogenic cirrhosis had 23 female and 24 male patients. Of the patients who presented with NASH, 68.1% were female. Of the patients who presented with alcoholic/HCV cirrhosis, 64.8% were male. There were no statistically significant differences between the groups. In cryptogenic cirrhosis patients, the following prevalences could be observed: impaired fasting glycemia - 68.2%; obesity - 27.5%; total hypercholesterolemia - 27.9%; low HDL levels - 58.1% (women - 81%; men - 36.4%); hypertriglyceridemia - 16.3%. The results seen in cryptogenic cirrhosis patients showed statistical similarity with the results of the NASH group regarding fasting glycemia (62.8%) and male HDL levels (53.8%). The comparison with the alcoholic/HCV cirrhosis group showed statistical differences regarding fasting glycemia (45.2%), hypercholesterolemia (13.3%) and female HDL levels (50.8%). CONCLUSIONS: It is not possible to establish a causal relationship between cryptogenic cirrhosis and NASH. Only data related to fasting glycemia and HDL levels in male patients showed statistical similarities between both groups of patients.


CONTEXTO: Em aproximadamente 10% dos pacientes com doença hepática crônica não é possível identificar um fator etiológico, sendo então rotulados como tendo cirrose criptogênica. Atualmente a esteatohepatite não-alcoólica (EHNA) tem sido considerada como provável etiologia em parcela significativa desses pacientes. OBJETIVO: Estimar a prevalência de fatores de risco para EHNA em pacientes com cirrose criptogênica com o intuito de verificar uma possível relação causal entre as duas doenças. MÉTODOS: Estudo transversal em que foi avaliado o registro de dados demográficos e laboratoriais de pacientes com cirrose criptogênica com a finalidade de compará-los com aqueles obtidos de um grupo de pacientes com EHNA e de um grupo controle composto de cirróticos por hepatite C (HCV) e/ou álcool. RESULTADOS: Foram avaliados 47 pacientes com cirrose criptogênica, 47 com EHNA e 196 com cirrose por HCV e/ou álcool. A média de idade dos pacientes com cirrose criptogênica foi 52 anos, enquanto a daqueles com EHNA foi 46,4 anos (P = 0,041). No grupo com cirosse criptogênica havia 23 mulheres e 24 homens. Naqueles com EHNA predominou o gênero feminino (68,1%) e nos cirróticos por HCV e/ou álcool predominou o gênero masculino (64,8%), sem diferença estatística entre os grupos. Naqueles com cirrose criptogênica, a prevalência de glicemia de jejum alterada foi 68,2%; obesidade, 27,5%; hipercolesterolemia total, 27,9%; baixos níveis de HDL, 58,1% (81% nas mulheres e 36,4% nos homens); e hipertrigliceridemia, 16,3%. A comparação com dados observados nos pacientes com EHNA mostra semelhança estatística entre o perfil glicêmico (62,8%) e níveis de HDL nos homens (53,8%). A comparação com os cirróticos relacionados ao HCV e/ou álcool mostra diferença estatística no perfil glicêmico (45,2%), colesterol total (13,3%) e HDL nas mulheres (50,8%). CONCLUSÃO: Não foi possível estabelecer uma relação causal entre a EHNA e a cirrose criptogênica. Apenas o perfil glicêmico e os níveis de HDL colesterol nos pacientes masculinos apresentaram semelhanças estatísticas entre os dois grupos de doentes.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Fígado Gorduroso/complicações , Cirrose Hepática/etiologia , Estudos de Casos e Controles , Estudos Transversais , Jejum/metabolismo , Glucose/metabolismo , Hepatite C/complicações , Hepatite Alcoólica/complicações , Obesidade/complicações , Fatores de Risco , Fatores Sexuais
4.
Arq. gastroenterol ; 48(3): 179-185, July-Sept. 2011. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-599650

RESUMO

CONTEXT: Chronic hepatitis C as well as non-alcoholic fatty liver disease are recognized as the main cause of liver disease in Western countries. It is common to see the concomitance of the diseases and the influence of steatosis in the sustained virological response of patients with hepatitis C virus. OBJECTIVE: Assess the sustained virological response in chronic hepatitis C patients according to the presence of liver steatosis. METHODS: One hundred sixty patients with chronic hepatitis C were retrospectively evaluated. Demographic data such as gender, age, body mass index, presence of diabetes mellitus and systemic arterial hypertension, virus genotype and use of pegylated interferon were analyzed, as was the staging of fibrosis and the presence of steatosis at histology. RESULTS: Most patients were male (57.5 percent), with a mean age of 48 ± 9.7 years. The most frequent genotype observed was 3 (56.9 percent) and, in the histological evaluation, steatosis was observed in 65 percent of the patients (104/160). Sustained virological response in patients with steatosis occurred in 38.5 percent, and in 32.1 percent in patients without steatosis (P = 0.54). When we analyzed possible factors associated with the presence of steatosis, only body mass index and systemic arterial hypertension revealed a significant association. When the factors that influenced sustained virological response were evaluated in a logistic regression, genotype and use of pegylated interferon proved to be independent factors associated to the response. CONCLUSION: In the evaluated patients the presence of liver steatosis did not influence the sustained virological response of patients with chronic hepatitis C treated with interferon and ribavirin.


CONTEXTO: Tanto a hepatite crônica pelo vírus C quanto a doença hepática gordurosa não-alcoólica são reconhecidas como causas frequentes de doença hepática nos países ocidentais. É comum observar a concomitância das duas doenças e a influência da esteatose na resposta virológica sustentada dos pacientes com hepatite crônica pelo vírus C. OBJETIVO: Avaliar a resposta virológica sustentada nos pacientes com hepatite crônica pelo vírus C de acordo com a presença de esteatose. MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, 160 pacientes com hepatite crônica C. Dados demográficos, como sexo, idade, índice de massa corpórea, presença de diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica, genótipo do vírus e uso de interferon peguilado foram analisados, bem como o estadiamento e a presença de esteatose, quando da histologia. RESULTADOS: A maioria dos pacientes era masculina (57,5 por cento), com média de idade de 48 anos ± 9,7. O genótipo mais frequente foi o 3 (56,9 por cento) e, na avaliação histológica, foi observada esteatose em 65 por cento dos pacientes (104/160). A resposta virológica sustentada nos pacientes com esteatose foi de 38,5 por cento, sendo de 32,1 por cento nos pacientes sem esteatose (P = 0,54). Quando se analisaram possíveis fatores associados à presença de esteatose, somente índice de massa corpórea e hipertensão arterial sistêmica estiveram associados de forma significativa. Quando se avaliaram em regressão logística os fatores que influenciaram a resposta virológica sustentada, genótipo e uso de interferon peguilado mostraram-se fatores independentes associados à resposta. CONCLUSÃO: A presença de esteatose hepática não influenciou a resposta virológica sustentada de pacientes com hepatite crônica pelo vírus C tratados com interferon e ribavirina.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Antivirais/uso terapêutico , Fígado Gorduroso/complicações , Hepatite C Crônica/virologia , RNA Viral/sangue , Fígado Gorduroso/virologia , Hepacivirus/genética , Hepatite C Crônica/complicações , Hepatite C Crônica/tratamento farmacológico , Interferon-alfa/uso terapêutico , Polimorfismo de Fragmento de Restrição , Estudos Retrospectivos , Ribavirina/uso terapêutico , Carga Viral
5.
Arq. gastroenterol ; 47(1): 13-17, Jan.-Mar. 2010. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-547607

RESUMO

CONTEXT: In recent years the hepatitis B virus (HBV) genotyping has been considered a relevant factor in the natural history of the disease. OBJECTIVE: To determine hepatitis B virus genotypes and its epidemiological and clinical implications, in a cohort of patients in a hospital in Porto Alegre, South of Brazil. Methods - Sixty seven patients with HBV chronic infection markers who were being treated at ''Complexo Hospitalar Santa Casa'', in Porto Alegre, RS, Brazil, were evaluated. Demographic and epidemiological data were collected from these group of patients by following a standard protocol and ALT and HBeAg were determined. The genotypes and subtypes were determined by in-house PCR and, finally, the samples were sequenced. The level of significance used was 5 percent. RESULTS: The qualitative analysis for HBV-DNA by PCR was positive in 79.1 percent of the samples (53/67). The genotype was determined in all positive VHB-DNA samples and the genotypes A (34 percent), D (60.4 percent) and F (5.4 percent) as well as the subtypes adw, ayw and adw4 were found. No significant correlation was found between the hepatitis B virus genotypes and demographic variables considered as risk factors for hepatitis B virus infection. There was also no correlation between the genotypes and the serological and laboratory variables related to liver disease. CONCLUSION: We concluded that the most prevalent genotype found was D. However, further studies are needed to allow us to evaluate the implications of genetic variability in the clinical evolution of HBV carriers.


CONTEXTO: Nos últimos anos a genotipagem do vírus da hepatite B (VHB) tem sido considerado fator relevante para a história natural da doença. OBJETIVOS: Determinar os genótipos do VHB e suas implicações clínicas e epidemiológicas, em uma coorte de pacientes em um hospital de Porto Alegre, RS, sul do Brasil. MÉTODOS: Foram avaliados 67 pacientes com marcadores de infecção crônica pelo VHB que estavam sendo tratados no Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre, RS. Foi aplicado um protocolo com dados demográficos e epidemiológicos dos pacientes, e AgHBe e ALT foram determinadas. Os genótipos e subtipos foram determinados por PCR in-house e, finalmente, as amostras foram sequenciadas. O nível de significância utilizado foi de 5 por cento. RESULTADOS: A análise qualitativa de VHB-DNA por PCR foi positiva em 79,1 por cento das amostras (53/67). O genótipo foi determinado em todas as amostras de VHB-DNA positivo. A análise demonstrou a presença dos genótipos A (34 por cento), D (60,4 por cento) e F (5,4 por cento). Foram encontrados os seguintes subtipos: adW, ayw e adw4. Nenhuma correlação significativa foi encontrada entre os genótipos do VHB e as variáveis demográficas estudadas como fator de risco para infecção pelo VHB, e com os exames sorológicos e laboratoriais de doença hepática. CONCLUSÃO: O genótipo mais prevalente encontrado foi o D. No entanto, mais estudos são necessários para que se possa avaliar as implicações da variabilidade genética na evolução clínica de portadores do VHB.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , DNA Viral/genética , Vírus da Hepatite B/genética , Hepatite B Crônica/virologia , Brasil , Estudos de Coortes , Genótipo , Reação em Cadeia da Polimerase , Prevalência , Fatores de Risco , Adulto Jovem
6.
Arq. gastroenterol ; 45(2): 99-105, abr.-jun. 2008. graf, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-485931

RESUMO

RACIONAL: O carcinoma hepatocelular é uma complicação que acomete pacientes que apresentam cirrose hepática. A ressecção hepática, o transplante ortotópico de fígado e a ablação percutânea constituem opções terapêuticas com o intuito curativo. OBJETIVO: Avaliar os resultados da ressecção hepática para o tratamento do carcinoma hepatocelular, em fígados cirróticos, em um hospital geral. MÉTODOS: Foram avaliadas as características clínicas, laboratoriais, endoscópicas e histopatológicas de 22 pacientes submetidos a ressecção hepática entre os anos de 1996 e 2005, com o intuito de se avaliar a sobrevida, a identificação de fatores prognósticos e a incidência de recidiva tumoral. Para tanto, especial atenção foi dada aos níveis séricos de bilirrubinas e alfa-fetoproteína, grau de disfunção hepatocelular (avaliado pelas classificações Child-Pugh-Turcotte e " Model for End-Stage Liver Disease" - MELD), tamanho e número de tumores, invasão microvascular e presença de lesões satélites. O nível de significância utilizado foi de 95 por cento na análise estatística. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes estudados foi de 62,09 anos, sendo 17 do sexo masculino. Em 10 casos a cirrose hepática esteve associada à infecção crônica pelo vírus da hepatite C, em 4 à combinação do uso crônico do etanol e vírus da hepatite C, em 3 ao vírus da hepatite B, em 2 ao uso do etanol isoladamente, em 1 com uso de medicamentos e, em 2 casos, não foi identificada a causa. Dezoito pacientes apresentaram tumor único, sendo que em 11 o tumor media menos que 5 cm. A sobrevida variou entre 10 dias e 120 meses, com média de 33,5 meses. No final do 1º, 3º e 5º anos, identificou-se sobrevida de 61,90 por cento, 16,67 por cento e 11,11 por cento, respectivamente. Houve três óbitos nos primeiros 3 meses posteriores à ressecção hepática. Treze óbitos foram identificados após os primeiros 3 meses, sendo que 12 casos foram relacionados à recidiva e progressão...


BACKGROUND: The hepatocellular carcinoma is a disorder that affects patients suffering from cirrhosis. Liver resection, orthotopic liver transplantation and percutaneous ablation are some forms of therapy currently used to provide a cure for this disease. AIM: To assess the results achieved through liver resection for the treatment of the hepatocellular carcinoma in patients with cirrhosis being under treatment in a general hospital. METHODS: Clinical observation, laboratory test results, endoscopic and histopathologic analysis were taken into consideration in the case of 22 patients who underwent liver resection between 1996 and 2005. To verify the survival rates, identify the prognostic factors and determine the risk of recurrence, special attention was given to the serologic levels of bilirubins and alpha-fetoprotein, and to the level of the hepatocellular dysfunction (classified according to the Child-Pugh-Turcotte and the Model for End-Stage Liver Disease parameters). The size and number of tumours, microvascular invasion and the presence of satellite lesions were also taken into consideration. The level of statistic significance employed was of 95 percent. RESULTS: In the cases studied, patients had an average age of 62.09 years, being 17 of them male. In 10 cases the liver cirrhosis was associated to the hepatitis C chronic infection; in 4 cases there was a combination of chronic ingestion of ethanol and the hepatitis C virus; in 3 cases there was an association with the hepatitis B virus chronic infection. Two cases were related to the chronic ingestion of ethanol alone and in one case the use of medications was reported. It was not possible to establish the etiology in two of the cases studied. Eighteen patients had a single tumour, 11 of them smaller than 5 cm. The survival rate varied between 10 days and 120 months, being of 33.5 months on average. At the end of the 1st, 3rd and 5th year, the survival rates...


Assuntos
Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Carcinoma Hepatocelular/cirurgia , Cirrose Hepática/complicações , Neoplasias Hepáticas/cirurgia , Bilirrubina/sangue , Carcinoma Hepatocelular/etiologia , Seguimentos , Hepatectomia , Neoplasias Hepáticas/etiologia , Invasividade Neoplásica , Recidiva Local de Neoplasia , Prognóstico , Análise de Sobrevida , Resultado do Tratamento , alfa-Fetoproteínas/análise
7.
Arq. gastroenterol ; 44(1): 58-63, jan.-mar. 2007. ilus
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-455963

RESUMO

BACKGROUND: The prevalence and consequences of occult HBV infection in patients with chronic liver disease by HCV remain unknown. AIMS: To evaluate the prevalence of occult HBV infection in a population of HCV-infected patients with hepatocellular carcinoma. METHODS: The serum samples were tested for HBV DNA by nested PCR and liver tissue analysis was carried out using the immunohistochemical technique of 66 HBsAg-negative patients: 26 patients with chronic hepatitis by HCV (group 1), 20 with hepatocellular carcinoma related to chronic infection by HCV (group 2) and 20 with negative viral markers for hepatitis B and C (control group). RESULTS: Occult HBV infection was diagnosed in the liver tissue of 9/46 (19.5 percent) HCV-infected patients. Prevalence of occult B infection was evaluated in the HCV-infected patients with and without hepatocellular carcinoma, and there were seven (77.7 percent) of whom from group 2, conferring a 35 percent prevalence of this group. No serum sample was positive for HBV DNA in the three groups. CONCLUSION: Occult infection B is frequently detected in liver tissue of HCV-infected patients, especially in cases of hepatocellular carcinoma. However large studies are needed to confirm that co-infection could determine a worse progress of chronic liver disease in this population.


RACIONAL: A prevalência e as conseqüências da infecção oculta pelo VHB em pacientes com infecção crônica pelo VHC permanecem desconhecidas. OBJETIVO: Avaliar a prevalência da infecção oculta pelo VHB em uma população de pacientes infectados com o VHC e carcinoma hepatocelular. MÉTODOS: Amostras de soro foram testadas para o DNA do VHB por "nested" PCR e análise do tecido hepático utilizando imunoistoquímica de 66 pacientes HBsAg negativos: 26 pacientes com hepatite crônica pelo VHC (grupo 1), 20 com carcinoma hepatocelular relacionado ao VHC (grupo 2) e 20 com marcadores negativos para os vírus das hepatites B e C (grupo controle). RESULTADOS: Infecção oculta pelo VHB foi diagnosticada no tecido hepático de 9/46 (19.5 por cento) pacientes com infecção pelo VHC. A prevalência foi avaliada nos pacientes com VHC com e sem carcinoma hepatocelular, estando presente em sete (77.7 por cento) deste último grupo, conferindo 35 por cento de infecção oculta pelo VHB nos pacientes com carcinoma hepatocelular. Nenhuma amostra de soro foi positiva para o DNA-VHB nos três grupos. CONCLUSÃO: A infecção oculta B é freqüentemente detectada no tecido hepático de pacientes infectados com VHC, especialmente nos casos de carcinoma hepatocelular. Entretanto, outros estudos com maior número de pacientes são necessários para confirmar se a co-infecção determina a progressão da doença hepática nesta população.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Carcinoma Hepatocelular/complicações , Hepatite B/complicações , Hepatite C/complicações , Neoplasias Hepáticas/complicações , Brasil , Estudos de Casos e Controles , DNA Viral/análise , Hepacivirus/genética , Hepacivirus/imunologia , Anticorpos Anti-Hepatite B/sangue , Antígenos de Superfície da Hepatite B/sangue , Vírus da Hepatite B/genética , Vírus da Hepatite B/imunologia , Hepatite B/diagnóstico , Hepatite B/epidemiologia , Imuno-Histoquímica , Prevalência , Estudos Prospectivos , Reação em Cadeia da Polimerase Via Transcriptase Reversa
8.
Arq. gastroenterol ; 43(4): 265-268, out.-dez. 2006.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-445627

RESUMO

RACIONAL: Esteatose hepática é achado comum na hepatite pelo vírus C (VHC), principalmente nos pacientes com genótipo 3, podendo estar relacionada à resposta ao tratamento antiviral e prognóstico da hepatite crônica OBJETIVO: Determinar a presença de esteatose e de esteatohepatite não-alcoólica na hepatite crônica pelo VHC, correlacionando-as com o genótipo do VHC e com o grau de fibrose hepática. PACIENTES E MÉTODOS: Foram avaliados retrospectivamente 120 pacientes com hepatite crônica pelo VHC. A genotipagem foi avaliada em 102 pacientes. Todos os espécimes de biopsia hepática foram submetidos as colorações: picrosirius, hematoxilina-eosina e perls. O estádio da hepatite C foi realizado de acordo com a Classificação Brasileira e o diagnóstico de esteatohepatite não-alcoólica estabelecido de acordo com os critérios da American Association for the Study of Liver Diseases. O nível de significância considerado na analise estatística foi de 5 por cento RESULTADOS: A esteatose foi encontrada em 65 dos 120 pacientes (54,2 por cento), sendo leve em 37/65 (56,9 por cento), moderada em 12/65 (18,5 por cento) e intensa em 10/65 (15,4 por cento). Quanto à fibrose, 80 de 120 pacientes (66,6 por cento) tinham fibrose entre F0 e F2, e 40 (33,3 por cento) tinham fibrose F3 ou F4. Esteatose foi mais freqüente no genótipo 3 (76,7 por cento) em relação aos demais genótipos (49,0 por cento). Não houve diferença na freqüência de esteatose quando comparados os pacientes com F3/F4 (52,5 por cento) e demais graus de fibrose (54,4 por cento). Esteatohepatite não-alcoólica foi diagnosticada em 8/120 casos (6,7 por cento), sendo significativamente correlacionada com o genótipo 3 e com fibrose avançada (F3/F4) CONCLUSÕES: A presença de esteatose, assim como de esteatohepatite não-alcoólica na hepatite C, estão relacionados ao genótipo 3, sendo a esteatohepatite não-alcoólica correlacionada a graus mais avançados de fibrose.


BACKGROUD: Hepatic steatosis is a common finding in patients with hepatitis C, mainly virus C genotype 3. Steatosis in these cases might be associated with antiviral treatment response and with prognosis of chronic hepatitis. AIMS: To determine the presence of steatosis and non-alcoholic steatohepatitis in chronic hepatitis C and its correlation with genotype and hepatic fibrosis. PATIENTS AND METHODS: One hundred and twenty patients with chronic hepatitis C were retrospectively evaluated; genotype was done in 102 patients. All specimens were stained with hematoxylin-eosin, picrosirius and perls. Staging of hepatitis C was scored by Brazilian Classification and the diagnosis of non-alcoholic steatohepatitis by the American Association for the Study of Liver Diseases criteria RESULTS: Steatosis was found in 65 of 120 cases (54.2 percent); it was mild in 37/65 (56.9 percent), moderate in 12/65 (18.5 percent) and severe in 10/65 (15.4 percent). In relation to fibrosis, 80 of 120 patients had mild fibrosis F0-F2 (66.6 percent) and 40 (33.3 percent) had more advanced fibrosis (F3 or F4). Steatosis was associated with genotype 3 (76.7 percent) in comparison with other genotypes (49,0 percent). There were no relationship between steatosis and advanced fibrosis F3/F4 (52,5 percent) or mild fibrosis (54,4 percent). Non-alcoholic steatohepatitis was diagnosed in 8/120 cases (6.7 percent) and was significantly associated with hepatitis C virus genotype 3 and with advanced fibrosis (F3 and F4) CONCLUSIONS: The presence of steatosis and non-alcoholic steatohepatitis in chronic hepatitis C are associated to genotype 3; moreover non-alcoholic steatohepatitis was correlated with more advanced fibrosis.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Fígado Gorduroso/complicações , Hepatite C Crônica/complicações , Cirrose Hepática/complicações , Biópsia , Índice de Massa Corporal , Distribuição de Qui-Quadrado , Fígado Gorduroso/patologia , Fígado Gorduroso/virologia , Genótipo , Hepacivirus/genética , Hepatite C Crônica/patologia , Hepatite C Crônica/virologia , Cirrose Hepática/patologia , Cirrose Hepática/virologia , Polimorfismo de Fragmento de Restrição , Reação em Cadeia da Polimerase/métodos , Estudos Retrospectivos , Índice de Gravidade de Doença
9.
Arq. gastroenterol ; 43(3): 224-228, jul.-set. 2006. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: lil-439786

RESUMO

BACKGROUND: Nonalcoholic steatohepatitis is a chronic liver disease with a high prevalence in the general population and a potential to evolve into cirrhosis. It is speculated that iron overload could be associated with liver injury and unfavorable progress in affected patients. AIMS: To evaluate the prevalence of mutation of the hemochromatosis gene (HFE) in patients with nonalcoholic steatohepatitis and to correlate it with histological findings in liver specimens. PATIENTS AND METHODS: Twenty-nine patients with nonalcoholic steatohepatitis were evaluated. The presence of mutation in the hemochromatosis gene (C282Y and H63D) was tested in all patients and its result was evaluated in relation to hepatic inflammatory activity, presence of fibrosis, and iron overload in the liver. The control group was composed of 20 patients with normal liver function tests and 20 patients infected with the hepatitis C virus, with elevated serum levels of aminotransferases and with chronic hepatitis as shown by biopsy. RESULTS: Mutation of the hemochromatosis gene (C282Y and/or H63D) was diagnosed in 16 (55.2 percent) patients with nonalcoholic steatohepatitis, in 12 (60 percent) patients with hepatitis C and in 8 (40 percent) patients with no liver disease. No association was found between the presence of mutation and inflammatory activity, nor with the presence of fibrosis in patients with nonalcoholic steatohepatitis. An association was found between the presence of mutation and the occurrence of iron overload in liver, but there was no association between liver iron and the occurrence of fibrosis. CONCLUSIONS: The findings suggest that iron does not play a major role in the pathogenesis and progression of nonalcoholic steatohepatitis, and routine tests of the hemochromatosis gene mutation in these patients should not be recommended.


RACIONAL: A esteatohepatite não-alcoólica é uma doença crônica, com elevada prevalência na população e com potencial evolutivo. Especula-se que a sobrecarga de ferro possa estar associada com a injúria hepática e com uma evolução desfavorável destes pacientes. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência da mutação do gene da hemocromatose (HFE) em pacientes com esteatohepatite não-alcoólica e correlacioná-la com os achados histológicos hepáticos. PACIENTES E MÉTODOS: Foram avaliados 29 pacientes com esteatohepatite não-alcoólica. A presença da mutação do HFE (C282Y e H63D) foi testada em todos os pacientes e seu resultado foi avaliado em relação a atividade inflamatória hepática, presença de fibrose e depósitos hepático de ferro. Como grupo controle estudou-se 20 pacientes com provas de função hepática normal e 20 pacientes portadores do vírus da hepatite C, com elevação dos níveis de aminotransferases e biópsia revelando hepatite crônica. RESULTADOS: A mutação do HFE (C282Y e/ou H63D) foi diagnosticada em 16 (55,2 por cento) pacientes com esteatohepatite não-alcoólica, em 12 (60 por cento) pacientes com hepatite C e em 8 (40 por cento) pacientes sem doença hepática. Não se observou associação entre a presença da mutação e a atividade inflamatória e a presença de fibrose nos pacientes com esteatohepatite não-alcoólica. Foi observada associação entre a presença de mutação e a ocorrência de depósitos de ferro hepático, porém, não ocorreu associação entre o ferro hepático e a ocorrência de fibrose. CONCLUSÕES: Os achados sugerem que o ferro não exerce papel importante na patogenia e na evolução da esteatohepatite não-alcoólica e a pesquisa rotineira da mutação do HFE nestes pacientes não deve ser recomendada.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Fígado Gorduroso/patologia , Hemocromatose/genética , Antígenos de Histocompatibilidade Classe I/genética , Cirrose Hepática/patologia , Mutação , Proteínas de Membrana/genética , Biópsia , Estudos de Casos e Controles , Fígado Gorduroso/genética , Ferritinas/sangue , Hepatite C Crônica/genética , Hepatite C Crônica/patologia , Ferro/sangue , Cirrose Hepática/genética , Polimorfismo de Fragmento de Restrição , Transferrina/análogos & derivados
10.
GED gastroenterol. endosc. dig ; 25(3): 87-90, maio-jun. 2006. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-502179

RESUMO

Raramente, pacientes apresentam concomitância de achados clínicos, bioquímicas e histológicos de hepatite auto-imune e de colangite esclerasante primária. Essa situação denomina-se síndrome de superposição, que, com freqüência, representa um desafio diagnóstico. Apresenta-se o caso de um paciente masculino de 17 anos, que consultou por icterícia e sintomas constitucionais. Apresentava elevação das aminotransferases, da gamaglobulina e auto-anticorpos circulantes, preenchendo critérios definitivos para hepatite auto-imune. A biópsia hepática demonstrou achados característicos de hepatite auto-imune, como infiltrado rico em plasmócitos, formação rosetóide de hepatócitos e hepatite de interface intensa, mas, também, alterações típicas de colangite esclerosante primária, como a fibrose concêntrica periductal do tipo "casca de cebola". A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica foi altamente sugestiva de colangite esclerosante primária. Estabelecido o diagnóstico de síndrome de superposição, rescreveram-se corticosteróides, azatioprina e ácido ursodeoxicólico. Houve excelente resposta clínica e laboratorial. Conclusão: Esta apresentação visa a alertar o gastroenterologista para tal doença, proporcionando, assim, quando de seu diagnóstico, uma proposta terapêutica mais eficaz.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adolescente , Colangite Esclerosante/diagnóstico , Hepatite Autoimune , Biópsia , Corticosteroides/uso terapêutico , Hepatite Autoimune , Hipergamaglobulinemia
11.
Arq. gastroenterol ; 42(4): 256-262, out.-dez. 2005. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-420001

RESUMO

RACIONAL: Devido ao prognóstico sombrio que a peritonite bacteriana espontânea acarreta aos pacientes com doença crônica parenquimatosa de fígado, a prevenção desta condição é fundamental.OBJETIVO: Comparar a eficácia da sulfametoxazol/trimetoprima versus norfloxacino para a prevenção de peritonite bacteriana espontânea em pacientes com cirrose e ascite. PACIENTES E MÉTODOS: Cinqüenta e sete pacientes com cirrose e ascite foram avaliados entre março de 1999 e março de 2001. Todos haviam apresentado um episódio prévio de peritonite bacteriana espontânea ou tinham proteína do líquido de ascite <1 g/dL e/ou bilirrubinas séricas > 2,5 mg dL. Os pacientes foram randomizados para receber sulfametoxazol/trimetoprima 800/160 mg por dia, 5 dias por semana, ou norfloxacino 400 mg diariamente. O período médio de acompanhamento foi de 163 dias para o grupo norfloxacino, 182 dias para o grupo sulfametoxazol/trimetoprima. Na análise estatística foi considerado um nível de significância de 5%. RESULTADOS: De acordo com os critérios de inclusão, 32 pacientes (56%) foram tratados com o norfloxacino e 25 (44%) com a sulfametoxazol/trimetoprima. A peritonite bacteriana espontânea ocorreu em três pacientes tratados com o norfloxacino (9,4%), comparado com quatro tratados com a sulfametoxazol/trimetoprima (16%). Infecções extra-peritoniais ocorreram em 10 pacientes recebendo o norfloxacino (31,3%) e em 6 recebendo a sulfametoxazol/trimetoprima (24,0%). Ocorreram sete óbitos entre os pacientes que receberam o norfloxacino (21,9%) e cinco entre os que receberam a sulfametoxazol/trimetoprima (20,0%). No que tange aos efeitos colaterais das medicações, estes só foram observados no grupo da sulfametoxazol/trimetoprima. CONCLUSÃO: A despeito do número de pacientes e do tempo de acompanhamento, a sulfametoxazol/trimetoprima e o norfloxacino foram igualmente efetivas na profilaxia da peritonite bacteriana espontânea, sugerindo que a primeira seja uma opção viável.


Assuntos
Feminino , Humanos , Masculino , Anti-Infecciosos/uso terapêutico , Ascite/complicações , Infecções Bacterianas/prevenção & controle , Cirrose Hepática/complicações , Norfloxacino/uso terapêutico , Peritonite/prevenção & controle , Combinação Trimetoprima e Sulfametoxazol/uso terapêutico , Infecções Bacterianas/etiologia , Seguimentos , Peritonite/etiologia , Resultado do Tratamento
12.
Arq. gastroenterol ; 42(1): 35-40, jan.-mar. 2005. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-402631

RESUMO

RACIONAL: A medida do gradiente de pressão venosa hepática é o método mais utilizado para a avaliação da pressão portal. Mais recentemente, a contagem de plaquetas no sangue tem sido apontada como um marcador não-invasivo da presença de hipertensão portal. OBJETIVO: Correlacionar a contagem de plaquetas com os valores do gradiente de pressão venosa hepática em uma população de pacientes cirróticos. PACIENTES E MÉTODOS: Foram estudados 83 pacientes com hepatopatia crônica que realizaram estudo hemodinâmico hepático, em período de 6 anos. Os pacientes foram divididos em grupos conforme a classificação de Child-Pugh e todos realizaram endoscopia digestiva alta para constatar a presença de varizes de esôfago, assim como tiveram a contagem sérica de plaquetas determinada. RESULTADOS: O número de plaquetas variou entre 45.000/mm³ e 389.000/mm³, com média 104.099 e desvio-padrão 58.776. O gradiente de pressão venosa apresentou média igual a 15,2 mm Hg e desvio-padrão igual a 6,4 mm Hg, variando de 1 a 29 mm Hg. Realizou-se regressão linear simples para verificar a correlação entre o gradiente de pressão venosa e o número de plaquetas, o que permitiu constatar fraca correlação entre ambos. Embora se tenha observado menor número de plaquetas, à medida que o calibre das varizes aumentava e nos pacientes com maior grau de disfunção hepatocelular - medida pela classificação de Child-Pugh - não se encontrou significância estatística. CONCLUSÃO: A despeito de não haver demonstrado correlação estatística entre o número de plaquetas com o gradiente de pressão venosa hepática e o grau de disfunção hepatocelular, pelas tendências observadas, acredita-se que ambos os fatores podem estar implicados na patogenia da plaquetopenia em pacientes cirróticos.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Varizes Esofágicas e Gástricas/sangue , Cirrose Hepática/sangue , Pressão na Veia Porta , Doença Crônica , Varizes Esofágicas e Gástricas/fisiopatologia , Cirrose Hepática/fisiopatologia , Contagem de Plaquetas , Índice de Gravidade de Doença
13.
Arq. gastroenterol ; 41(3): 180-184, jul.-set. 2004. graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-392605

RESUMO

RACIONAL: Considerando a imunossupressão dos pacientes com doença hepática crônica, sua resposta à vacinação é discutida na literatura. OBJETIVOS: Avaliar a resposta à vacina anti-hepatite B em pacientes com hepatite crônica pelo vírus C. MÉTODOS: Estudo prospectivo avaliando 85 pacientes com infecção pelo vírus C (46,8 ± 9,4 anos, 44,7% homens) e 46 adultos saudáveis (36,7 ± 11,1 anos, 39,1% homens). Carga viral foi determinada através do b-DNA em 74 pacientes e o genótipo foi determinado por seqüenciamento em 73 pacientes. Todos os pacientes e os adultos saudáveis receberam três doses da vacina Engerix B® IM (aos 0, 30 e 180 dias). Resposta sorológica à vacina foi dividida em três categorias: soroproteção, quando anti-HBs era >"100 mUI/mL; soroconversão, quando anti-HBs era 10-99 mUI/mL e não-reagente, quando anti-HBs era <10 mUI/mL. RESULTADOS: A resposta da vacina anti-hepatite B em 1 mês após a dose 3 foi soroproteção em 37,7%, soroconversão em 17,6% e não-reagente em 44,7% entre os pacientes, e 84,8%, 13,0% e 2,2%, respectivamente em adultos saudáveis. O número de respostas não-reagentes foi significativamente maior em pacientes com doença hepática crônica. Sessenta e cinco pacientes com hepatite crônica foram comparados a 20 cirróticos compensados em relação à resposta à vacina, mas nenhuma diferença foi observada. A resposta à vacina nos pacientes com genótipos 2 ou 3 (n = 40) foi melhor do que naqueles com genótipo 1 (n = 33). A resposta não foi relacionada com a concentração de VHC-RNA. CONCLUSÃO: O número de não-respondedores foi maior em pacientes com infecção crônica pelo vírus C, independentemente do "status" histológico e da carga viral. É sugerido que tais pacientes deveriam receber uma dose dupla de vacina, particularmente aqueles com genótipo 1.


Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Vacinas contra Hepatite B/imunologia , Hepatite C Crônica/imunologia , Doença Crônica , Genótipo , Hepacivirus/genética , Hepacivirus/imunologia , Vacinas contra Hepatite B/administração & dosagem , Hepatite B/prevenção & controle , Hepatite C Crônica/genética , Hepatite C Crônica/virologia , Estudos Prospectivos , Resultado do Tratamento , Carga Viral
14.
Arq. gastroenterol ; 39(3): 158-162, jul.-set. 2002.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-336639

RESUMO

RACIONAL: A peritonite bacteriana espontânea é complicaçäo freqüente nos pacientes com cirrose e ascite, apresentando taxa de recurrência em 1 ano próxima de 70 por cento. OBJETIVOS: Avaliar a prevalência da peritonite bacteriana espontânea em pacientes com ascite por hepatopatia crônica e o impacto da sua presença na sobrevida dos mesmos. PACIENTES/MÉTODOS: Foram avaliadas 1030 internaçöes de pacientes com cirrose e ascite, tendo sido documentados 114 episódios de peritonite bacteriana espontânea em 94 pacientes. Em todos foi realizada paracentese com análise do líquido ascítico. O diagnóstico desta complicaçäo foi estabelecido quando o número de polimorfonucleares do líquido de ascite fosse superior a 250 células por mm³. RESULTADOS: A prevalência da peritonite bacteriana espontânea foi de 11,1 por cento e sua mortalidade de 21,9 por cento. A infecçäo foi adquirida na comunidade em 61,4 por cento e no hospital em 37,7 por cento, sendo as taxas de óbito de 18,6 por cento e 27,9 por cento, respectivamente. Houve controle da infecçäo, documentado pela análise do líquido de ascite coletado por paracentese realizada 48 horas após o início da antibioticoterapia, em 91,1 por cento dos episódios. Nestes casos a mortalidade foi de 16,7 por cento. Nos casos em que a infecçäo näo foi controlada, o óbito ocorreu em 80,0 por cento. Em 22,3 por cento da amostra foi documentado o uso do antibiótico profilático sem, no entanto, demonstrar haver diferença significativa quanto à mortalidade, quando comparados aos pacientes que näo realizaram profilaxia. CONCLUSÖES: A peritonite bacteriana espontânea é infecçäo freqüente nos pacientes com ascite por hepatopatia crônica, com prognóstico reservado, principalmente na ausência de resposta precoce à antibioticoterapia


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Infecções Bacterianas , Peritonite , Idoso de 80 Anos ou mais , Ascite , Infecções Bacterianas , Brasil , Doença Crônica , Peritonite , Prevalência , Prognóstico , Estudos Retrospectivos , Análise de Sobrevida
15.
GED gastroenterol. endosc. dig ; 19(5): 188-192, set.-out. 2000.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-298952

RESUMO

Oobjetivo do presente estudo é avaliar a evolução intra-hospitalar dos pacientes que sangraram por ruptura de varizes de esôfago (VE) quando submetidos à escleroterapia endoscópica das varizes esofágicas (EEVE), bem como determinar a frequência do sangramento por ruptura destas varizes em uma população de pacientes com hemorragia digestiva alta (HDA). Para tanto, foram avaliados 451 pacientes com HdA. Destes 69 sangraram por ruptura de VE (15,3por centos). O álcool e o vírus C foram os vatores mais frequentemente envolvidos na etiologia da cirrose. Quanto ao estado funcional hepático, dez foram classificados como Child-Pugh A, 28 Child-Pugh B e 26 Child-Pugh C. A maioria destes 69 pacientes cirroticos já haviam apresentado sangramento prévio de VE. Dos 69 pacientes que sangraram por VE, 55 foram submetidos à escleroterapia endoscopica de varizes de esôfago. O sucesso do procedimento em controlar o sangramento foi de 83,6por cento; eno entanto, a mortalidade hospitalar foi de 47,3por cento. Conclui-se que a hemorragia digestiva pr ruptura de VE é uma situação frequente e que implica péssimo prognóstico aos pacientes com cirrose.GED 19(5):188-192,2000


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Varizes Esofágicas e Gástricas , Hemorragia Gastrointestinal , Hipertensão Portal , Cirrose Hepática Alcoólica , Cirrose Hepática Biliar , Escleroterapia
16.
Rev. AMRIGS ; 42(3): 163-7, jul.-set. 1998.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-245537

RESUMO

Os autores analisam uma casuística de 8 pacientes adultos, sem hepatopatia crônica, com trombose portal. Quatro eram do sexo masculino e idade média de 39,5+-12,7 anos. Em 50 por cento dos casos não foi identificado fator etiológico. Manifestação clínica inicial em 7 pacientes foi hemorragia digestiva alta, sendo que à endoscopia todos apresentavam varizes gastroesofágicas. Os achados da ecografia e da angiografia e a determinação da pressão portal auxiliaram no diagnóstico. A conduta terapêutica empregada foi cirúrgica e/ou endoscópica


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Trombose Venosa/diagnóstico , Varizes Esofágicas e Gástricas , Hipertensão Portal , Estudos Retrospectivos , Trombose Venosa/cirurgia , Trombose Venosa/terapia
17.
Rev. AMRIGS ; 42(1): 30-5, jan.-mar. 1998.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-238306

RESUMO

O autor realiza uma revisão da literatura sobre o tratamento atual das hepatites virais. Salienta, no caso da hepatite crônica pelo vírus B, a importância da vacinação, já que essa é uma doença que pode ser evitada. No seu tratamento, a droga mais aceita é o Interferon, a despeito da baixa eficácia. O papel dos análogos nucleosídios (lamivudina) ainda não está definido, restringindo-se o seu uso a protocolos, salvo em pacientes em programa de transplante hepático. No que tange ao tratamento da hepatite crônica pelo vírus C, a droga a ser ofertada também é o Inteferon. No entanto, pela baixa resposta terapêutica alcançada, abre-se uma perspectiva em sua associação com a Ribavirina


Assuntos
Humanos , Hepatite Viral Humana/tratamento farmacológico , Hepatite B Crônica/prevenção & controle , Interferons/uso terapêutico , Nucleosídeos/uso terapêutico , Ribavirina
18.
Rev. AMRIGS ; 40(4): 217-20, out.-dez. 1996. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-193964

RESUMO

O vírus da Hepatite C parece ser mais prevalente em alcoolistas com e sem doença hepática associada. os autores avaliam a prevalência de anti-VHC em alcoolistas com e sem doença hepática alcoólica, bem como o comprometimento funcional hepático destes pacientes. Para tanto, foram avaliados prospectivamente 231 alcoolistas, tendo-se observado que o anti-VHC está presente em 8,2 por cento de 146 pacientes sem hepatopatia crônica e em 28,2 por cento de 85 pacientes com hepatopatia crônica. Embora neste estudo näo tenha havido correlaçäo da presença de anti-VHC com a classificaçäo de Child, os níveis de albumina e a atividade de protrombina foram menores naqueles pacientes com hepatopatia crônica e anti-VHC positivo, sugerindo um pior prognóstico nestes pacientes


Assuntos
Humanos , Alcoolismo/complicações , Hepatite C , Estudos de Coortes , Hepatite Alcoólica/imunologia , Anticorpos Anti-Hepatite/imunologia , Hepatopatias Alcoólicas/imunologia
19.
Rev. méd. St. Casa ; 1(2): 144-150, jun. 1990. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-99894

RESUMO

O autor faz uma revisao do tratamento da ascite refrataria, enfatizando as dificuldades encontradas e as formas de terapia alternativa. Sugere na abordagem inicial destes pacientes repouso, dieta com restricao de sodio e diureticos, fundamentalmente a espironolactona e nos casos de insucesso avalia o papel da paracentese e do "shunt' peritonio-venoso de Leveen. Finaliza enaltecendo o papel do transplante hepatico


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Ascite/terapia , Inibidores de Simportadores de Cloreto de Sódio , Hepatopatias/complicações , Diuréticos/administração & dosagem , Diuréticos/efeitos adversos , Diuréticos/uso terapêutico , Fígado/transplante , Líquido Ascítico , Doença Crônica
20.
Momento & perspectiv. saúde ; 1(1): 40-4, jan.-jun. 1987. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-68476

RESUMO

Entre as diversas formas de tratamento da ascite de origem hepatocelular, o "shurt" peritônio-venoso tem sido recomendado, especialmente naquelas formas ditas intratáveis. Os autores comentam suas principais indicaçöes, fazendo uma análise crítica de sua eficácia


Assuntos
Humanos , Ascite/terapia , Derivação Peritoneovenosa , Dieta Hipossódica
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA